quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Maturação Sexual dos Adolescentes



Os sinais visíveis da maturação sexual aparecem em uma sequência ordenada, de modo que o estado de maturidade pode ser avaliado com base no aparecimento dessas manifestações externas. A idade que acontece é variável de adolescente para adolescente. Na menina: 1 e meio a 6 anos, desde o aparecimento dos brotos mamários até à maturidade completa. No menino: 2 e 5 anos até atingirem as dimensões adultas.
Na menina, os sinais de maturação aparecem geralmente na seguinte sequência:
1.      Aumento pôndero-estatural rápido
2.      Mudanças das mamas
3.      Alargamento da bacia
4.      Crescimento de pelos pubianos
5.      Aparecimento de pelos axilares
6.      Menstruação
7.      Diminuição abrupta do crescimento linear

No sexo masculino, os sinais de maturação costumam manifestar-se na seguinte ordem:
1.      Aumento de peso
2.      Aumento dos testículos
3.      Rápido aumento estatural
4.      Crescimento de pelos pubianos
5.      Aparecimento de pelos axilares
6.      Crescimento de pelos sobre o lábio superior, na face...
7.      Mudanças na laringe e Crescimento do pênis
8.      Emissões noturnas
9.      Diminuição brusca do crescimento linear

A monitorizacao do desenvolvimento puberal é feita pela classificação de Tanner, que estudou e sistematizou a sequencia dos eventos puberais em ambos os sexos, em cinco etapas, considerando:
1.      quanto ao sexo feminino:
o desenvolvimento mamário e a distribuição e a quantidade de pelos;

2.      quanto ao sexo masculino:
 aspecto dos órgãos genitais e também a quantidade e a distribuição dos pelos pubianos
Na avaliação das adolescentes, durante a puberdade deve-se observar o aparecimento das mamas e pelos. A puberdade pode se iniciar dos 8 aos 13 anos e alguns aspectos devem ser considerados, tais como:
  1. O broto mamário é o primeiro sinal puberal na menina, é chamada de telarca e pode apresentar-se unilateralmente sem significado patológico. Observar a adolescente,  tranquilizá-la e reavaliar após 6 meses, quando a outra mama já terá aparecido e os primeiros pelos pubianos também.
  2. Caso a puberdade se inicie com o aparecimento de pelos pubianos e não com o broto mamário, deve-se encaminhar ao profissional de saúde, pois pode se tratar de uma causa patológica, devendo ser melhor investigada.
  3. O início da puberdade antes dos 8 anos podem ser motivos de preocupação e, portanto, deve-se sempre referir a adolescente ao profissional de saúde para que ele avalie junto ao endocrinologista se é uma puberdade precoce. 
  4. É frequente ocorrer um corrimento vaginal claro nos 6 aos 12 meses que antecedem a primeira menstruação, pois trata-se do crescimento endometrial uterino e que deve-se apenas cuidar mais da higiene corporal.
  5. Atentar que a idade média da menarca em nosso meio é de 12 anos e 4meses, mas pode ocorrer entre 9 e 16 anos, observar o comportamento do evento na família e acompanhar o processo de cada adolescente.
  6. Os primeiros ciclos menstruais são geralmente anovulatórios e irregulares, podendo essa irregularidade permanecer por até 2 ou 3 anos.
  7. O ciclo menstrual normal tem um intervalo de 21 a 36 dias e uma duração de 3 e 7 dias.
  8. As adolescentes podem ainda crescer em média 4 a 6c m nos 2 ou 3 anos após a menarca.
  9. É importante observar que se deve considerar retardo puberal em meninas a ausência de qualquer característica sexual secundária a partir dos 13 anos de idade.

Na avaliação dos adolescentes, durante a puberdade, deve-se observar o aparecimento de pelos e o crescimento da genitália. A puberdade pode se iniciar dos 9 aos 14 anos e alguns aspectos devem ser observados, tais como:
  1. A primeira manifestação da puberdade no sexo masculino é o aumento do volume testicular, em média aos 10 anos e 9 meses. O saco escrotal trona-se mais baixo e alongado, mais solto e enrugado e mede cerca de 3cm
  2. O crescimento peniano começa em geral, um ano após o crescimento dos testículos.
  3. O início da puberdade antes dos 9 anos também pode ser motivo de preocupação, pode-se tratar de uma puberdade precoce e, portanto, deve-se sempre referir o adolescente ao serviço de referência para melhor ser avaliado.
  4. No desenvolvimento da genitália, recomenda-se que o profissional de saúde seja responsável pela avaliação do adolescente, quando não munido do orquidômetro, proceda da seguinte forma:
  •           Faça a avaliação do peso e altura do adolescente.
  •    Mostre a prancha de estágios de Tanner ao adolescente e solicite ao mesmo que indique em que momento do seu desenvolvimento ele se encontra a partir do que foi visto.
  •      Faça a relação entre peso e altura e o estágio referido pelo adolescente.
  •     O profissional poderá ainda, durante a entrevista, investigar possíveis alterações nas queixas e relatos do adolescente. Além de ser um método de avaliação seguro, permite ao adolescente a percepção de si e o autoconhecimento. Além de ser um método não invasivo.

5.  Observar que primeiro o pênis cresce em tamanho e depois em diâmetro. Quando o adolescente termina sua fase de crescimento, seu pênis atinge em média 12 cm e 15cm quando ereto, podendo variar mais ou menos de 2 a 3 cm.
6.  A idade da primeira ejaculação, conhecida como semenarca ou espermarca, ocorre em média aos 12 anos e 8meses. Geralmente, acontece também a polução noturna, ou seja, a ejaculação involuntária de sêmen quando o adolescente está dormindo. Trata-se de evento fisiológico normal, que deve ser orientado e tranqüilizado pelo profissional de saúde.
7. Observar que pode aparecer o crescimento do broto mamário no menino, ginecomastia puberal (aumento do tecido mamário) verifica-se em grande parte dos adolescentes masculinos. E frequentemente bilateral, tem consistência firme e móvel e, às vezes, muito dolorosa.
8.   É importante observar que se deve considerar retardo puberal em meninos, a ausência de qualquer característica sexual secundária a partir dos 14 anos de idade.



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Desenvolvimento do Adolescente



A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a idade adulta. É uma época de maturação física, social e emocional que coincide com o aparecimento dos caracteres sexuais secundários e seu o término acontece com cessação do crescimento corporal: 18 a 20 anos. Segundo a OMS a adolescência compreende o período entre 10 e 19 anos de idade e pelo ECA é dos 12 e 18 anos.
O termo puberdade refere-se principalmente ao processo hormonal, de maturação e de crescimento que ocorre quando os órgãos reprodutivos começam a funcionar e se desenvolvem os caracteres sexuais secundários.
A pubescência ou pré-puberdade compreende os dois anos anos anteriores à puberdade, período em que ocorre as mudanças físicas preliminares que precedem a maturidade sexual e o surto do crescimento .
A pós-puberdade é o período de 1 a 2 anos que segue à puberdade, durante o qual completa-se o crescimento do esqueleto e as funções reprodutivas se estabelecem definitivamente.
Desenvolvimento físico

As mudanças físicas da puberdade são principalmente o resultado de atividade hormonal, sob influência do sistema nervoso central, embora todos os aspectos do funcionamento fisiológico interajam reciprocamente.

 Sistema Nervoso Central   +   Atividade Hormonal  = Mudanças físicas da puberdade       
Crescimento físico      
= Caracteres sexuais secundários

A distinção física entre os dois sexos baseia-se nas seguintes características: caracteres sexuais primários ( órgão sexuais internos e externos responsáveis pelas funções reprodutivas) e caracteres sexuais secundários.

Crescimento físico

A maturação sexual acompanha-se invarialvelmente de aumento espetacular do crescimento. Os últimos 20 a 25% do crescimento linear são atingidos durante a puberdade, sendo que maior parte em um período de 24 a 36 meses; é o surto do crescimento da adolescência. Este crescimento é  altamente variável;  quanto à idade de início, a duração e ao grau de crescimento. O surto de crescimento inicia-se mais precocemente na menina, geralmente entre os 10 e 14 anos, no menino, ele começa em média entre os 12 e 16 anos.
As diferenças no crescimento do esqueleto que se observa entre os dois sexos parecem depender da influência dos hormônios durante a puberdade, manifestando-se principalmente no comprimento dos membros.  Na menina, o crescimento cessa mais precocemente, em virtude do fechamento das unidades epifisárias.
Em resumo as principais mudanças que ocorrem na menina são: hipertrofia da mucosa laríngea e aumento da laringe e das cordas vocais, maior largura de quadris, aumento da massa corporal não-gordurosa – acompanha o aumento geral dos glândulas sebáceas extremamente ativas: genitais e na face, pescoço, ombros, e metade superior da caixa torácica, pelos: distribuição e textura característicos, glândulas sudoríparas écrinas / apócrinas – puberdade, aumento passageiro de tecido subcutâneo adiposo – antes do crescimento ósseo e depois diminuição e formação de depósitos variáveis de gordura, estrogênio tem efeito muito maior no crescimento ósseo feminino, crescimento cessa mais precocemente. No sexo masculino, as principais mudanças são: hipertrofia da mucosa laríngea e aumento da laringe e das cordas vocais, maior largura dos ombros, aumento da massa corporal não-gordurosa– acompanha o aumento geral dos glândulas sebáceas extremamente ativas: genitais e na face, pescoço, ombros, e metade superior da caixa torácica, aumento passageiro de tecido subcutâneo adiposo – antes do crescimento ósseo e depois diminuição e formação de depósitos variáveis de gordura, glândulas sudoríparas écrinas / apócrinas – puberdade, estatura geral + alta e em maior comprimento de braços e pernas, fechamento das linhas epifisárias se processa mais lentamente, pêlos: distribuição e textura característicos: barba, bigode, crescimento anterior à puberdade é mais prolongado.

Mudanças fisiológicas


As alterações da puberdade acarretam numerosas mudanças nas funções fisiológicas. O volume e força contrátil, volume sanguíneo e PAS do coração aumentam. A frequência cardíaca e produção básica de calor diminuem. Todos os elementos celulares do sangue atingem os valores próprios do adulto. A FR e metabolismo basal atingem os valores dos adultos.  
Sistema endócrino de reprodução

As mudanças observadas durante a puberdade são resultado de influências hormonais e controladas pelo lobo anterior da hipófise( adeno-hipofíse), em resposta aos estímulos provenientes do hipotálamo.
Proliferação de células. Faz os quadris se alargarem. Faz o estreito pélvico a assumir forma ovoide. Faz o púbis se cobrir de pelos. Aumento do útero. Aumento da vagina. Desenvolvimento das mamas. Depósito de tecido adiposo em coxas e quadris.
O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, para.  O estrogênio tem, outro, efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual.

Funções da Progesterona
Preparação do útero para a aceitação do embrião. Preparação das mamas para a secreção láctea. Inibe as contrações do útero.  Aumenta o grau da atividade das células que revestem a parede uterina (fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sanguíneos. Acentuando o espessamento do endométrio). Aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias. Impede a expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento. 


terça-feira, 6 de novembro de 2012

A criança em idade escolar


O período da vida que vai dos 6 anos até aproximadamente os 12 anos, geralmente é designado como idade escolar. Começa com o ingresso da criança numa esfera mais ampla de influencias, representada pelo ambiente escolar. A expressão idade das turmas descreve a associação da criança com os companheiros de sua idade e a aquisição da cultura própria da idade escolar.Esse período é considerado como período de latência, ou seja, uma época de tranquilidade sexual entre as fase edipiana e o eroticismo d adolescência.

Analisando do ponto de vista fisiológico, os anos escolares começam com a queda dos primeiros dentes decíduos e termina com a erupção dos dentes permanentes ( com exceção dos dentes do siso), na época da puberdade. O crescimento e desenvolvimento da criança, nesse período, é gradativo,  acompanhado de progressos mais firmes e mais uniforme, tanto na esfera física como emocional.



Desenvolvimento Biológico
Durante a idade escolar, o cresciemento pôndero-estatural assume um ritmo mais lento, porém constante, quando comparado com aquele dos anos que se seguem após. Havendo um ganho médio de 2,0 a 3,0 kg e de 5,0 cm por ano. As pernas tornam-se longas e a cabeça adquire uma proporção menor em relação ao comprimento total do corpo.As crianças têm uma aparência esguia, mais magra. Meninos e meninas são muito parecidos fisicamente.
As proporções faciais mudam à medida que a face cresce mais rápido em relação ao restante do crânio.

O crânio e o cérebro crescem muito lentamente durante esse período e aumentam pouco em tamanho depois disso.
A substituição dos dentes decíduos pela dentição permanente acontece. O primeiro dente permanente (6 anos) começa com o primeiro molar.  Com o aparecimento do segundo molar permanente, a maioria dos dentes permanentes está presente.  Essa dentição é mais avançada nas meninas que nos meninos.
A tendência à miopia aumenta no período escolar.  Em decorrência disso, a criança pode apresentar dificuldades na aprendizagem escolar, caso o problema não seja identificado e tratado.
O movimentos respiratórios passam a ser predominantemente torácicos. O coração cresce mais lentamente durante a fase intermediária e é menor em relação ao corpo do que em qualquer outro período da vida. A FC e FR diminuem continuamente e a pressão arterial aumenta durante a idade de 6 a 12 anos.  Valores: FR = 18-20 mrm/ FC = 90-120 bpm/ P.A sistólica = 100 a 110 mmHg.
A maturidade do trato G.I é percebida pela:  menor freqüência de distúrbios; maior capacidade estomacal; maior tolerância a intervalos maiores entre as refeições. A capacidade da bexiga varia muito de criança para criança, mas, em geral, é maior nas meninas.
Na idade escolar são alcançados os níveis de imunoglobulinas presentes no adulto. Torna-se mais eficiente no sentido de localizar infecções e produzir resposta antígeno-anticorpo. Ao final da idade escolar ocorre regressão do tecido linfático da nasofaringe, o que leva a uma diminuição das infecções do ouvido.
Na idade escolar, a maturação desse sistema está incompleta.  Os ossos continuam a se ossificar durante toda a infância, mas propiciam maior força e tensão muscular que os ossos maduros. Escolares devem ter ampla oportunidade para se movimentar, devendo observar o cuidado apropriado no transporte de cargas pesadas.
Importante: atividades físicas compatíveis com sua condição, que não sejam de excessiva intensidade e duração, e não impliquem em carregar muito peso.
Importante: estimular a adoção de postura anatômica correta, com uso de mesas e cadeiras apropriadas, especialmente na escola.
É característico do escolar a  realização de atividades físicas variadas, que envolvem maior equilíbrio e coordenação motora. Aprecia atividades esportivas em grupo e recreativas organizadas por regras. O desenvolvimento de habilidade manual permite-lhe aprender a escrever, bordar, fazer tricô, construir e reparar brinquedos.  Capaz de realizar o cuidado pessoal, mas precisa ser cobrado e supervisionado.

Desenvolvimento Psicossocial

Freud: Período de Latência/ Tranquilidade entre a fase edipiana e erotismo da adolescência.

Teoria de Erikson: Estágio de realizações/ Deseja de desenvolver habilidades e ser socialmente útil/ Senso de competência pessoal e interpessoal. Aprendem o valor de trabalhar com o “outro”. Perigo: sentimento de inferioridade.                                           

Desenvolvimento Cognitivo/intelectual

Teoria de Piaget: 7-11 anos (estágio operacional concreto): a criança é capaz de realizar operações mentais, ou seja, objetos, fatos e experiência podem ser articulados abstratamente em nível de pensamento.

Aquisição de noções de conservação, classificação e combinação. 
Conservação
  Aprendizado de que os objetos conservam sua matéria quando sua forma é modificada.
Classificação
-Habilidade de agrupar objetos que possuam características comuns (cor, forma).
-Habilidade de seriar objetos, ordenando-os segundo alguma escala (do menor para o maior, etc).
-Os escolares se ocupam com coleções numerosas e variadas de objetos como: adesivos, selos, conchas, bonecas, carros, pedras e tudo que for passível de classificação.
-Começam a ordenar amigos e colegas

Combinação
Capacidade de trabalhar com números (as 4 operações).
—Com o alfabeto (leitura e escrita).
 Compreensão de tempo e espaço e suas relações com os eventos.

Desenvolvimento moral
Teoria de Kolberg: as crianças não acreditam que padrões de comportamento venham de dentro de si mesmas, mas orientados por outros (6-7 anos)
   A partir dos 8 anos julgam os atos pelas intenções e não somente por suas consequências.




Fonte: WONG, D. L. Enfermagem pediátrica - elementos essenciais à intervenção efetiva. 5a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Depois de muito tempo sem postar, chegou a hora de voltar a ativa. E como as postagens são de acordo com as disciplinas que vou tendo no semestre, segue acima uma sequência de assuntos sobre enfermagem atuando na saúde da criança e do adolescente. Boa leitura!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Tratamento da Hanseníase

O tratamento do paciente com hanseníase é fundamental para curá-lo, fechar a fonte de infecção interrompendo a cadeia de transmissão da doença, sendo portanto estratégico no controle da endemia e para eliminar a hanseníase enquanto problema de saúde pública.

O tratamento integral de um caso de hanseníase compreende o tratamento quimioterápico específico- a poliquimioterapia (PQT), seu acompanhamento, com vistas a identificar e tratar as possíveis intercorrências e complicações da doença e a prevenção e o tratamento das incapacidades físicas.

''O tratamento específico da pessoa com hanseníase, indicado pelo Ministério da Saúde, é a poliquimioterapia padronizada pela Organização Mundial de Saúde, conhecida como PQT, devendo ser realizado nas unidades de saúde.''
A PQT é constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada.

É administrada através de esquema-padrão, de acordo com a classificação operacional do doente em Pauci ou Multibacilar. A informação sobre a classificação do doente é fundamental para se selecionar o esquema de tratamento adequado ao seu caso.

Esquema Paucibacilar (PB)
É utilizada uma combinação da rifampicina e dapsona, acondicionados numa cartela, no seguinte esquema:
•Medicação:
- Rifampicina:uma dose mensal de 600mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada.
- Dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada.

• duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina.
• critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses.


Esquema Multibacilar (MB) 
Aqui é utilizada uma combinação da rifampicina, dapsona e de clofazimina, acondicionados numa cartela, no seguinte esquema:

• Medicação:
- Rifampicina: uma dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração supervisionada;
- Clofazimina: uma dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100 mg) com administração supervisionada  e uma dose diária de 50mg auto-administrada; 
- Dapsona: uma dose mensal de 100mg supervisionada e uma dose diária autoadministrada;
 
• duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina;
• critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses.



 Via: Andréa Pereira
  Estudo: Prova de Saúde Coletiva, 2012.

domingo, 4 de março de 2012

Sobre Legislação do SUS....Concursos


O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Anteriormente, a assistência médica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita aos empregados que contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços filantrópicos.

O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada.

A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689

Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.

Princípios do SUS

O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da universalidade, integralidade e da equidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou doutrinários, e os princípios da descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais, mas não está claro qual seria a classificação do princípio da participação popular.

Universalidade 
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de lei.
Integralidade 
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
Equidade 
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela equidade do SUS.
Participação da comunidade 
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto.
Descentralização político-administrativa 
O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos.
Hierarquização e regionalização 
Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a sua eficiência e eficácia. Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população. Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cadernos de Atenção Básica

Os Cadernos de Atenção Básica contribuem no fortalecimento das ações desenvolvidas por todos os profissionais de saúde de várias partes do país. São oferecidos gratuitamente como fonte de informação, com a possibilidade de auxiliar na correta implementação do modelo assistencial de atenção básica. É um importante instrumento de valorização das praticas de saúde.

Seguem abaixo os principais Cadernos de Atenção Básica lançados pelo Ministério da Saúde com os links para download:

Caderno de Atenção Básica Nº27-Diretrizes do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família)
 

Caderno de Atenção Básica Nº26- Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva 
 

Caderno de Atenção Básica Nº25- Doenças Respiratórias Crônicas  

Caderno de Atenção Básica  Nº24- Saúde na Escola

Caderno de Atenção Básica Nº23- Saúde da Criança

Caderno de Atenção Básica Nº22 -Zoonoses

Caderno de Atenção Básica Nº21 -Vigilância em Saúde

Caderno de Atenção Básica Nº20- Carências de Micronutrientes

Caderno de Atenção Básica Nº19- Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa 

Caderno de Atenção Básica Nº18- HIV/Aids, hepatites e outras DS

Caderno de Atenção Básica Nº17 - Saúde Bucal

Caderno de Atenção Básica Nº16 - Diabetes Mellitus

Caderno de Atenção Básica Nº15 - Hipertensão Arterial Sistêmica

Caderno de Atenção Básica Nº14 - Prevenção Clínica de Doença cardiovascular, Cerebrovascular e Renal crônica

Caderno de Atenção Básica Nº12 - Obesidade


Caderno de Atenção Básica Nº13 - Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama 

Caderno de Atenção Primária Nº28 
Acolhimento à Demanda Espontânea

Caderno de Atenção Primária Nº29
Rastreamento

 Caderno de Atenção Primária Nº30
Procedimentos


Bons Estudos!
 

Cartão SUS será obrigatório

A partir do dia 01 de março de 2012, o Cartão Nacional de Saúde, conhecido como Cartão SUS (Sistema Único de Saúde), será obrigatório para atendimento na rede pública em todo o país. É o que determina portaria expedida pelo Ministério da Saúde e que vem sendo amplamente divulgada.

O número do Cartão Nacional de Saúde deverá ser registrado, pelos profissionais de saúde, em um campo específico nos formulários de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) e de Procedimento de Alta Complexidade (APAC) como também no Boletim de Produção Ambulatorial Individualizada (BPA-I).

De acordo com o Ministério da Saúde, a exigência do cartão visa formar um cadastro nacional com dados e históricos dos pacientes. Inicialmente, este registro será feito para atendimentos considerados de média e alta complexidade, como internações, transplantes, quimioterapia, hemodiálise, entre outros. Este número será cadastrado por um profissional do estabelecimento de saúde (ambulatorial ou hospitalar) em que o paciente for atendido. Em caso de internação, o registro deverá ser feito até a alta hospitalar; ou seja, a assistência ao paciente que ainda não possuir o número do Cartão deverá ser prestada sem qualquer prejuízo ao atendimento.

A meta do governo federal é que todos os brasileiros tenham o Cartão Nacional de Saúde ou o número do documento até 2014. O objetivo é que o histórico dos atendimentos prestados ao paciente esteja registrado em um única base nacional de dados, permitindo o acesso a estas informações por qualquer unidade de saúde. “Ao receberem um paciente que já possui o Cartão, os estabelecimentos de saúde deverão registrar o número do CNS no formulário de atendimento em três momentos: ou no ato da admissão do paciente ou durante a internação ou até a alta hospitalar”, explica o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, ao reforçar que a assistência deverá ser garantida a todos os usuários do SUS.

Nos casos em que o paciente não souber informar o número do Cartão, a unidade de saúde deverá fazer a consulta deste número no site do Departamento de Informática do SUS (Datasus)”, acrescenta Monteiro. “Este registro é extremamente importante porque, a partir das informações reunidas no CNS, poderemos acompanhar melhor a saúde dos pacientes e garantir uma atenção ainda mais adequada aos brasileiros que utilizam a rede pública de saúde. Além disso, poderemos organizar ainda mais a rede de atendimento e a oferta dos serviços de saúde em todo o país”, afirma Odorico Monteiro.

 
Fonte: Ministério da Saúde, 2012.